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Abske Fides - O Sol Fulmina A Terra lyrics



Tracks



01. Na Planície Vermelha

Infelizes rastejam na planície vermelha exauridos, famintos, desvalidos...
Urubus sobrevoam animais moribundos e crocitam suas presas em círculos negros.
Palavras em desordem, num desvario sonoro, sobriedades instáveis, impenetráveis...
E as faces embrutecem no flagelo do sol, peregrinar à nenhum lugar.

Há escassa esperança quando o céu acinza, mal a sede é saciada em estâncias desoladas, não há quase vida alguma, só há restos do que lá fora não sobrou, um jardim de plantas mortas, horizonte ofuscado pelo infortúnio do acaso.

Resiliência no infértil da errância.
Recrudescência no amargo da esperança.

02. Árido Homem

Vaga só, como um grão, no árido infinito.
Nada fala, só grunhe sons de inquietação ou rendição.
Morre só na sequidão do infortúnio taciturno.
Consumado, o olhar opaco, a carne em sangue, vã errância...

Andar pesado.
Degradado, roubaram sua humanidade.
Insurgiu contra toda autoridade.

Do inculto horizonte: inquietação. Homem só.
Do flagelo da aspereza: resignação. Homem só.

03. Imóveis Ares

Imóveis ares circundam a terra.
Ofusca o sol a vida.
Desnudo solo suga a água.
Inflige a dor, castigo.

Sendas secas... luz crua irradia
Secas sendas... os rastros se silenciam

05. Terra Vazia

Eu vejo o céu desabar na amplidão do horizonte, contorcendo no solo de pedras os animais agonizantes.

Negras aves ardis desfalecem na vastidão, por trás dos montes, e agouram os homens em suas sendas areais entoando o prenúncio do fracasso inexorável.

Consumidos a cada passo nas virgens entranhas do estéril, estilhaços sobre a terra do espaço enterram os homens.