Metal Storm logo
Cangaço - Rastros lyrics



Tracks



01. Atrito

Instrumental

02. Cantar às Excelências das Armas Brancas

O cabra atira, eu me abaixo,
A bala passa...
Na catinga da fumaça,
Pego o nêgo no punhá.

A faca enfinca, o dente trinca, o sangue pula.
Meninos, vocês num bula
Com os caras do Gravatá

Você me atira, eu me arredo,
A bala passa...
E, no rumo da fumaça,
Vou buscá-lo no punhá.

Faca de ponta é danada por costela,
Nêgo vê a ponta dela,
Corre doido e não vai lá.

Nós somos o Cangaço
E só deixamos rastros
Aos que vêm auxiliar.

Nós somos o Cangaço
E só deixamos rastros
Aos que vêm auxiliar.

03. Arcabuzado

Acordar não é de dentro,
Acordar é ter saída.
Acordar é recordar-se
Ao que em nosso redor gira.

Mesmo quando alguém acorda
Para um fiapo de vida,
Como o que, tanto aparato
Que me cerca me anuncia:

Esse bosque de espingardas
Mudas, mas logo assassinas,
Sempre à espera dessa voz
Que autorize o que é sua sina,

Esses padres que as invejam
Por serem mais efetivas
Que os sermões que passam largo
Dos infernos que anunciam

Ei-lo que vem descendo a escada,
Degrau a degrau. Como vem calmo.
- crê no mundo, e quis consertá-lo.
- e ainda crê, já condenado?
*já condenado?*

- sabe que não o consertará.
Mas que virão...
*para imitá-lo*



Se é procissão que me fazem
Mudou muito a liturgia:
Não vejo andor para o santo,
Nem há nenhum santo à vista.
Vejo muita gente armada,
Vejo só uma confraria.
E tudo é muito formal
Para ser uma romaria.

Talvez seja só em enterro
Em que o morto caminharia,
Que não vai entre seis tábuas
Mas entre seis carabinas."

Mas o sol me deu a idéia
De um mundo claro algum dia.
Risco nesse papel praia,
Em sua brancura crítica,
Que exige sempre a justeza
Em qualquer caligrafia;
Que exige que as coisas nele
Sejam de linhas precisas;
E que não faz diferença
Entre a justeza e a justiça.

A vista de nada serviu
Lado do sul, nenhum navio.
- mas o ouvido, lado do forte,
Acusou o estalo de tiros.
- não entendeu logo o que era:
É surda a forca e seus ruídos.
- enfim entendeu: fora à bala
Que deram cabo de seu filho.

04. Bombardeio no Ceará

No subconsciente da nação
Nos confins do Cariri
Ondas de ação e resultado

Positivos

Um homem condenado
Pelo credo se levanta
E rebate com trabalho sua sina
Atraia, de ladrões a roubados
De cegos a iluminados
E sem armas desafiou
Os princípios do

Institucionalizado

Sem posse e sem dono
Da terra e da troca
Tiravam o seu sustento
O produzido era dividido
O excesso era vendido
E o lucro reinvestido

Reflexo do desejo de centenas
Jogados dentro do caldeirão
Com vontade e organização apenas
Tirados de dentro do caldeirão

Entretanto, demais fez
Mostrando o que o povo tem vez

Da injustiça veio a ação
O fogo do céu surgiu
Bombardeiros do exército do Brasil
O genocídio, o massacre
Consumado, Infundado

Bombardeio no Ceará

Exterminados pelo sistema
Passados para a história
Os sonhos do caldeirão
E hoje adormecido, o exemplo vivo
Cruz do deserto, o caldeirão.

05. Encarnação

Espectros da ação
Impulsos do sansara
Construção, degradação
De efeitos da causa
A carne em ação
A roda engendrada em
Mácula

Diretamente,
Proporcional à medida
Da entidade

Sangue da razão irracional
Ao umbigo atado
Suor dos entes despejado
Com desleixo e com cuidado

Carne em viveiros,
Sacrificadas em espelhos.

Um a um é a proporção
Segundo suas regras se revestem
Um para um é a proporção
O zero na concepção

Encarnação

Carne em viveiros,
Sacrificadas em espelhos.

06. Mental

Instrumental

07. Statu Variabilis

When the Sun Rises
At the right hour of the Mistery
Millions of Forces Kneel
In respect to the Fear
A sparkle of conscious wakes in the Water
The Chaos in attitude with Focus
Formulating the purpose of God
Millions of cycles born and Dies
Seconds of extreme agony and cruelty
Chains to feed the Slaves
Condemned to Eternity

Eternal Wheel,
Generates the Matrix of the Cosmos
Infernal Wheel, spinning the Galaxies
In the Inevitability
Divine Wheel,
The evolution of illusion
Mutable wheel, serving as tool to the Intention

Rythm mesmerizing all the Views
In the pulse of the Eyes
That screams with Passion
The Lava with Blood.
The Earth Breathing Fast

And with all this Lies
Tricks of your Eyes
Playing with the Ego
My sense of I turns Weak
Forcing the truth of the Disfiguration

The twilight emerces in the Horizon
The Energy flows to the Sea
Another mankind is Fertilized
With the knowledge and Life
Seeds of the Discontinuous Movement

08. Corpus Alienum

Another side of the rules
Tells me who and when I am
Trough the seeds that keep the Roots
In a mass of effusive Neurons
Storms of Blood and Electricity
Chills of the Snake
That changes it's color constantly

In your childhood, unforgettable traumas
Silenty growing beside of the Creations
Ever escaping from the Sun
In your old age, guilty and Shame
Seven doors o hell, in the neck and the hips
Ever escaping from the Sun
Soon we'll be one

A parallel existence paralyze your Functions
Takes the command of your Soul and Body
It's the Corpus Alienum

Who serves who will be Clear
A matter of time and distinction
Ages of Myths and Destruction
Gods and demons retired
In the books of the Mankind
Mirrors of the people, commanded by their Tools
So now it's your turn,
Let the silver faces enter in your Front
This genetic robot will now belong to Us
Not just two sons of the Night
A entire army expects to murder the Sun

Marching on and on with a common Focus
Reintegrate the throne from who that chain Us
Ever, fighting against the Sun
Cut his pulse, cut his throat, burn his memories
Tie his navel in this tenebrous Spire

A parallel existence paralyze your Functions
Takes the command of your Soul and Body
It's the Corpus Alienum

09. Devices Of Astral

Windows of their lights
Fill my blind heart with movements
That composes the dance of the life
That I suppose to play awake

Poisoned water in the rivers of my brain
Disturbed prisms of the broken glass
Stars became the unique compass
The north of my mind in this familiar maze

Information consumes my left
Jealous of my ego consumes my right

Eternal war of judgment in the balance for the death
Numbers, words and marks
Come with my breath
Brothers with just one hand
Come desires, lust and pride
I'm your master and lord

The collapse of souls is inevitable
The mother will choose the most capable

Devices of astral body we became
The maker or tool is the eternal doubt
Devices of astral body we became
Shadows of movements screaming loud

And the building of tears goes on
The shadow of emotions that cover the sunlight
Eternal war of judgment in the balance for the death