Cangaço - Rastros lyrics
Tracks 01. Atrito
02. Cantar às Excelências das Armas Brancas 03. Arcabuzado 04. Bombardeio no Ceará 05. Encarnação 06. Mental 07. Statu Variabilis 08. Corpus Alienum 09. Devices Of Astral 01. Atrito
Instrumental
02. Cantar às Excelências das Armas Brancas
O cabra atira, eu me abaixo,
A bala passa... Na catinga da fumaça, Pego o nêgo no punhá. A faca enfinca, o dente trinca, o sangue pula. Meninos, vocês num bula Com os caras do Gravatá Você me atira, eu me arredo, A bala passa... E, no rumo da fumaça, Vou buscá-lo no punhá. Faca de ponta é danada por costela, Nêgo vê a ponta dela, Corre doido e não vai lá. Nós somos o Cangaço E só deixamos rastros Aos que vêm auxiliar. Nós somos o Cangaço E só deixamos rastros Aos que vêm auxiliar. 03. Arcabuzado
Acordar não é de dentro,
Acordar é ter saída. Acordar é recordar-se Ao que em nosso redor gira. Mesmo quando alguém acorda Para um fiapo de vida, Como o que, tanto aparato Que me cerca me anuncia: Esse bosque de espingardas Mudas, mas logo assassinas, Sempre à espera dessa voz Que autorize o que é sua sina, Esses padres que as invejam Por serem mais efetivas Que os sermões que passam largo Dos infernos que anunciam Ei-lo que vem descendo a escada, Degrau a degrau. Como vem calmo. - crê no mundo, e quis consertá-lo. - e ainda crê, já condenado? *já condenado?* - sabe que não o consertará. Mas que virão... *para imitá-lo* Se é procissão que me fazem Mudou muito a liturgia: Não vejo andor para o santo, Nem há nenhum santo à vista. Vejo muita gente armada, Vejo só uma confraria. E tudo é muito formal Para ser uma romaria. Talvez seja só em enterro Em que o morto caminharia, Que não vai entre seis tábuas Mas entre seis carabinas." Mas o sol me deu a idéia De um mundo claro algum dia. Risco nesse papel praia, Em sua brancura crítica, Que exige sempre a justeza Em qualquer caligrafia; Que exige que as coisas nele Sejam de linhas precisas; E que não faz diferença Entre a justeza e a justiça. A vista de nada serviu Lado do sul, nenhum navio. - mas o ouvido, lado do forte, Acusou o estalo de tiros. - não entendeu logo o que era: É surda a forca e seus ruídos. - enfim entendeu: fora à bala Que deram cabo de seu filho. 04. Bombardeio no Ceará
No subconsciente da nação
Nos confins do Cariri Ondas de ação e resultado Positivos Um homem condenado Pelo credo se levanta E rebate com trabalho sua sina Atraia, de ladrões a roubados De cegos a iluminados E sem armas desafiou Os princípios do Institucionalizado Sem posse e sem dono Da terra e da troca Tiravam o seu sustento O produzido era dividido O excesso era vendido E o lucro reinvestido Reflexo do desejo de centenas Jogados dentro do caldeirão Com vontade e organização apenas Tirados de dentro do caldeirão Entretanto, demais fez Mostrando o que o povo tem vez Da injustiça veio a ação O fogo do céu surgiu Bombardeiros do exército do Brasil O genocídio, o massacre Consumado, Infundado Bombardeio no Ceará Exterminados pelo sistema Passados para a história Os sonhos do caldeirão E hoje adormecido, o exemplo vivo Cruz do deserto, o caldeirão. 05. Encarnação
Espectros da ação
Impulsos do sansara Construção, degradação De efeitos da causa A carne em ação A roda engendrada em Mácula Diretamente, Proporcional à medida Da entidade Sangue da razão irracional Ao umbigo atado Suor dos entes despejado Com desleixo e com cuidado Carne em viveiros, Sacrificadas em espelhos. Um a um é a proporção Segundo suas regras se revestem Um para um é a proporção O zero na concepção Encarnação Carne em viveiros, Sacrificadas em espelhos. 06. Mental
Instrumental
07. Statu Variabilis
When the Sun Rises
At the right hour of the Mistery Millions of Forces Kneel In respect to the Fear A sparkle of conscious wakes in the Water The Chaos in attitude with Focus Formulating the purpose of God Millions of cycles born and Dies Seconds of extreme agony and cruelty Chains to feed the Slaves Condemned to Eternity Eternal Wheel, Generates the Matrix of the Cosmos Infernal Wheel, spinning the Galaxies In the Inevitability Divine Wheel, The evolution of illusion Mutable wheel, serving as tool to the Intention Rythm mesmerizing all the Views In the pulse of the Eyes That screams with Passion The Lava with Blood. The Earth Breathing Fast And with all this Lies Tricks of your Eyes Playing with the Ego My sense of I turns Weak Forcing the truth of the Disfiguration The twilight emerces in the Horizon The Energy flows to the Sea Another mankind is Fertilized With the knowledge and Life Seeds of the Discontinuous Movement 08. Corpus Alienum
Another side of the rules
Tells me who and when I am Trough the seeds that keep the Roots In a mass of effusive Neurons Storms of Blood and Electricity Chills of the Snake That changes it's color constantly In your childhood, unforgettable traumas Silenty growing beside of the Creations Ever escaping from the Sun In your old age, guilty and Shame Seven doors o hell, in the neck and the hips Ever escaping from the Sun Soon we'll be one A parallel existence paralyze your Functions Takes the command of your Soul and Body It's the Corpus Alienum Who serves who will be Clear A matter of time and distinction Ages of Myths and Destruction Gods and demons retired In the books of the Mankind Mirrors of the people, commanded by their Tools So now it's your turn, Let the silver faces enter in your Front This genetic robot will now belong to Us Not just two sons of the Night A entire army expects to murder the Sun Marching on and on with a common Focus Reintegrate the throne from who that chain Us Ever, fighting against the Sun Cut his pulse, cut his throat, burn his memories Tie his navel in this tenebrous Spire A parallel existence paralyze your Functions Takes the command of your Soul and Body It's the Corpus Alienum 09. Devices Of Astral
Windows of their lights
Fill my blind heart with movements That composes the dance of the life That I suppose to play awake Poisoned water in the rivers of my brain Disturbed prisms of the broken glass Stars became the unique compass The north of my mind in this familiar maze Information consumes my left Jealous of my ego consumes my right Eternal war of judgment in the balance for the death Numbers, words and marks Come with my breath Brothers with just one hand Come desires, lust and pride I'm your master and lord The collapse of souls is inevitable The mother will choose the most capable Devices of astral body we became The maker or tool is the eternal doubt Devices of astral body we became Shadows of movements screaming loud And the building of tears goes on The shadow of emotions that cover the sunlight Eternal war of judgment in the balance for the death |