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Madame Saatan - Peixe Homem lyrics



Tracks



01. Respira

Peixe-homem engole o homem
Joga do barco para os braços
Do barro da morte
Fecho os olhos cheios de água
Invoca a chuva para apagar
Um grande fogo

Respira

Da cidade que mora embaixo
Do céu de rios
Calor,concreto, aço e lama
Da cidade que dorme tarde
Na grande onda que afoga
O peixe-homem

Respira, respira
Respira, respira
Respira, respira

(solo)

Respira, respira
Respira, respira
Respira, respira
Respira, respira

02. Fúria

Fúria doce fúria que ilumina
Feito um céu cheio de dentes
Contra tudo o que encontra
Descanse e mostre-me a sua contramão
Perdoa enquanto me arrasta a força.

Nem tudo é culpa de quase tudo
Que se enfia em pensamento meu,
Solto e torto
Disfarça um pouco do gosto e o tempo imperfeito
E o pouco, pouco controle.

E cai o céu (e cai o céu) na contramão
Cheio de dentes
Em fúria.
E cai o céu (e cai o céu) cheio de dentes
Na contramão
Em fúria.

Fúria doce fúria que ilumina
Feito um céu cheio de dentes
Contra tudo o que encontra
Descanse mostre-me a sua contramão
Perdoa enquanto me arrasta a força.

Nem tudo é fúria ou quase tudo é sonho
Intensamente meu santo e louco
Distraio um pouco do ódio e o tempo
Desespero e o pouco, pouco controle.

E cai o céu (e cai o céu) na contramão
Cheio de dentes
Em fúria
E cai o céu (e cai o céu) cheio de dentes
Na contramão
Em fúria.

Nem tudo é culpa de quase tudo
Que se enfia em pensamento meu,
Solto e torto
Disfarça um pouco do gosto e o tempo imperfeito
E o pouco, pouco controle.

E cai o céu (e cai o céu) na contramão
Cheio de dentes
Em fúria
E cai o céu (e cai o céu) cheio de dentes
Na contramão
Em fúria.

03. Até O Fim

Até o fim que me cabe
Até o fim que se sabe
Até o fim que me cabe
Eu quero ir
Até o fim que se abre
Eu quero ver
Até o fim que circula
Até ouvir o silêncio na rua

Até o fim não entendo
Até o fim do bom senso
Até o fim que destroi
Eu quero ir
Até o fim permanente
Eu quero ser
Até o fim que liberta
Até ouvir o barulho da rua

E o fim que me resta é teu
E o fim que me resta é teu
E o fim que me resta é teu
E o fim que me resta é teu

04. Sete Dias

Alguém te disse não corra antes que exu te cegue
Enterre os ossos costure a força teu nome a ele
E o sacrifício de hoje é aguardente certo
Tomar banho de sangue é batismo de fogo.

Em sete dias traz de volta seu amor de novo,
Em sete noites faz querer até quem não te quer.
Em sete dias traz de volta seu amor de novo
Em sete noites me faz querer.

Alguem já disse que a noite o coração pressente
Criança, navalha, malandro, caboclos e velas,
Perfume que ronda as encruzilhadas das cidades velhas
E giram as saias vermelhas, guias, marias e zés.

Em sete dias traz de volta seu amor de novo,
Em sete noites faz querer até quem não te quer.
Em sete dias traz de volta seu amor de novo
Em sete noites me faz querer.

05. A Cicatriz

Aquela cicatriz de ajoelhar, a cicatriz esperou
Secou a ferida que abriu repetidas vezes em mim
Aquela cicatriz de ajoelhar, a cicatriz esperou
Secou a ferida que abriu repetidas vezes

Entre raiva, lagrimas mofadas, pulsos ameaçando, pulsos ameaçando,
Entre raiva, lagrimas mofadas, pulsos ameaçando, pulsos ameaçando.

E toda faisca criminosa é a ilusão que mereço,
Teu silencioso disispero esta contigo,
E toda faisca criminosa é a ilusão que mereço,
Teu silencioso disispero vive

Entre raiva, lagrimas mofadas, pulsos ameaçando, pulsos ameaçando,
Entre raiva, lagrimas mofadas, pulsos ameaçando, pulsos ameaçando.

E o sangue nos meus olhos era negro,
Quando enterrei ao teu lado, um pouco de mim
E o sangue nos meus olhos era negro,
Quando enterrei ao teu lado, um pouco de mim

Aquela cicatriz de ajoelhar, a cicatriz esperou
Secou a ferida que abriu repetidas vezes em mim
E toda faisca criminosa é a ilusão que mereço,
Teu silencioso disispero vive

Entre raiva, lagrimas mofadas, pulsos ameaçando, pulsos ameaçando,
Entre raiva, lagrimas mofadas, pulsos ameaçando, pulsos ameaçando.

E o sangue nos meus olhos era negro,
Quando enterrei ao teu lado, um pouco de mim
E o sangue nos meus olhos era negro,
Quando enterrei ao teu lado, um pouco de mim

Entre raiva, lagrimas mofadas, pulsos ameaçando, pulsos ameaçando,
Entre raiva, lagrimas mofadas, pulsos ameaçando, pulsos ameaçando.
Entre raiva, entre raiva, entre lagrimas, entre lagrimas.

06. Invisível

Sou a falta de fé em voce
Invisivel que atormenta
Que se afasta pra ver melhor
Cada vez que não dorme em mim
É toda noite que entro em outro, outro, outro.

Deitou comigo em mais uma noite de febre
A fé de ontem
Deitou comigo em mais uma noite de febre
A fé de ontem não tem mais seu nome.

Sou a luz que incomoda você
Que não é tão forte
Não ilumina também
A pele gelada é o sonho
Que tive ontem quando você era outro, outro, outro.

Deitou comigo em mais um noite de febre
A fé de ontem
Deitou comigo em mais uma noite de febre
A fé de ontem não tem mais o seu nome.

07. A Foice

Jogava a rede pra arrastar,
Teus olhos para a minha distração encontrar outra,
E agora ao lado não esta, o teu anel
A tua foice a sorte a morte é outra
A mesma noite a mesma luta a mesma sombra, duvida
A mesma hora escura que dilui a gente vai estar.

Jogava sempre pra ganhar, teus olhos baixos em minha
Direção com certa força, pra outro lado te levar,
Em outra corda pra cair do céu pra um de nos voltar
E aquela rua tão escura , na cama, calor, e culpa,
E aquele tempo que passou, errou e ainda si está

A tua foice em qualquer noite,
A tua foice em qualquer noite,
A tua foice, a tua foice

Jogava a rede pra arrastar,
Teus olhos para a minha distração encontrar outra,
E agora ao lado não esta, o teu anel
A tua foice a sorte a morte é outra
A mesma noite a mesma luta a mesma sombra, duvida
A mesma hora escura que dilui a gente vai estar

A tua foice em qualquer noite,
A tua foice em qualquer noite,
A tua foice, a tua foice

Jogava sempre pra ganhar, teus olhos baixos em minha
Direção com certa força, em outra corda pra cair do céu pra um de nos voltar
E aquele tempo que passou, errou e ainda si está

A tua foice em qualquer noite,
A tua foice em qualquer noite,
A tua foice, a tua foice

08. Moira

Eu não sei a minha parte no jogo
Quem são os inimigos
Enquanto empresto minha alma
Nesse corpo meio destruído.
Tão divino e vil
Embalado com destino
A misericórdia alguma
E eu me vejo sempre ao lado do oco
E algumas vezes alguém

Ferindo as linhas das mãos da sorte
Tecendo a roupa da vida e morte
Lambendo os dedos do teu corpo
Jogando dados
Jogando dados (x2)

Se acredito logo não existo em você
Ou no vazio além da carne e osso
E do seu silêncio eu quero o final
Tocando o terror
Sorrindo em teu caos
Da minha rua em falso
E perdendo talvez
E nao querendo a cura por estar tão viva
E não perdôo por não ter ficado em mim.

Ferindo as linhas da maos da sorte
Tecendo a roupa da vida e morte
Lambendo os dedos do teu corpo
Jogando dados
Jogando dados (x 2)

Nanananana
Nanananana

09. Rio Vermelho

Aquele rio era como um cão sem plumas
As senhoras das dádivas e rosas
As águas da vida e da morte
Ensinam os braços de quem lhe rema
O cheiro do líquido e da memória
Seu pluxo é um mergulho no tempo
Que ensina a respirar

A rua que corre
É da cor dos olhos
De barro das águas
Diante ou dentro
Tudo evapora
Os outros e as ondas
Que batem na gente
Esqueço fundo o que te aguarda
Ao deixar a tua velha margem
Destino é o mergulho no tempo
Que existe pra mudar

Aquele rio na vêia dá em outro
Rio vermelho
Que implora pra entrar em você

Aquele rio era como um chão sem curvas
Das histórias sem margens e das horas
Lembranças do nada e do agora
Que arrastam raizes de quem lhe enfrenta
O rosto que brilha da onda que corta
Seus olhos mergulham no vento que diz pra não voltar

10. Insônia

Nosso mundo em frente ao fundo qualquer olhar
Grades e portões dificeis pra distrair
Em teu coração punhal eu posso morrer
Em meu corpo sonho nunca vem desenhar

Aliviar a noite em alguém tenso como o tempo. (x2)

Multidão que há em nós já não quer dançar
Com amarras de cetim ou aço pra dormir
A escravidão e o medo de sentir assim
Cabe em cada monstro nosso que não cansa mais.

Aliviar a noite em alguém tenso como o tempo. (x2)

Multidoes que ha em nos já não quer dançar
Com amarras de cetim ou aço pra dormir
A escravidão e o medo de sentir assim
Cabe em cada monstro nosso que não cansa mais.

Aliviar a noite em alguém tenso como o tempo. (x4)

11. Sonâmbula

Gente circulando sol a pino
Se mistura com o brilho que cega
De cidade manga concreta
A cidade cinza, a cidade doce, a cidade queima

Gente que disputa o mesmo céu
O mesmo hell e um beijo na testa
E alguma coisa de felicidade breve
Alguma coisa que nao seja o frio da lâmina na alma

Distante
Cruzando velhos caminhos sonâmbulos
Alma distante
Sonhando com o teto do mundo do outro

Gente disfarçando todo dia
Se prepara para o fim que espera
De cidade contra corrente não pára
A cidade cor de fogo, a cidade tenta

Gente que disputa o mesmo céu
O mesmo hell e um beijo na testa
E alguma coisa de felicidade breve
Alguma coisa que nao seja o frio da lâmina na alma

12. Sombra Em Você

E apostou que eu não teria outra chance outra redenção
E levantou e apontou o dedo torto em minha direção
E nem devorou e nem deixou certeza ou grande coisa em cima da mesa
Ainda que eu não veja, ainda que eu não esteja mais.

Então jogou o seu melhor disfarçe quando eu dizia não
E acordou tarde e nem apostou na minha multidão
E nem devorou e nem deixou certeza ou grande coisa em cima da mesa
Ainda que eu não veja, ainda que eu não esteja mais.

De novo, eu fazer de novo sombra em você
De novo, eu fazer de novo sombra em você.

Por algum tempo acreditava em outra realidade
Alguma parte dela devorava quem mais não fosse assim
Ficam então as chaves, vontades, vantagem e mais o que eu não quero ser
Pra quem pode esperar volto vestida pra fazer sombra de novo.

De novo, eu fazer de novo sombra em você.
De novo, eu vou fazer de novo sombra em você.

Por algum tempo acreditava em outra realidade
Alguma parte dela devorava quem mais não fosse assim
Devolvo então pra você, devolvo então pra você
Pra quem pode esperar volto vestida pra fazer sombra de novo.